sábado, 14 de novembro de 2009

REPENSANDO O TEATRO CRISTÃO

O teatro gospel já passou por diversas fases, mas ainda nos resta alguns desafios longos e difíceis que se apresentam diante e ante nós.

Já passamos da fase de lutar contra aqueles que torcem o bico para o teatro gospel, já passamos da fase de teatro como subministério de juventude, já passamos da fase de teatro como apenas peças de natal, já passamos da fase de teatro apenas dentro ou fora da igreja, já passamos da fase de teatro com grupo de panelinhas, já passamos da fase de teatro com grupo dos esquisitos, já passamos da fase do teatro como grupo de loucos, etc.

Mas ainda nos restam algumas fases a superar. Relacionadas ao aperfeiçoamento do 'dom', à temática, à estética da arte e à criação.

Acho que os nossos próximos desafios do teatro gospel talvez fossem:

1) Fazer da atuação uma busca pela excelência gestuo-corporal. Onde atuar é estudado e desenvolvido por exercícios e teorias das mais diversas como Stanislavski, Grotowski, Boal, etc...

2) Fazer das nossas literaturas uma erudição que não se resuma aos clichês e estereótipos já conhecidos e marcados. Trazer mais riqueza à nossa literatura teatral. Conheço 'autores' gospeis que não gostam de ler... até se for Stanislavski sem compromisso... Sem comentários...

3) Fazer da estética teatral nossa ferramenta e a fim de não produzirmos exclusivamente filmes de terror para a platéia. Confunde-se muito impacto com terror. Há uma busca paranóica no meio gospel pelo teatro-terror-impactante... Quem disse que impacto é sinônimo de terror???? Isso é falta de leitura de Stanislavski, o básico das leituras...

4) Fazer da criatividade nossa estratégia.... Quantos já não apresentaram lifehouse, jardim do inimigo, Jesus em minha casa, mãos vazias, e outras em suas igrejas por ausência de criatividade? Tais peças são maravilhosas! Mas precisamos fazer o bonde andar...

Que penso... E o que tu acha???

Quirino in Comunidade no Orkut: “Discutindo o teatro cristão”

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

CUIDADO COM OS LIVROS

No Dia Nacional do Livro (29/10) vão algumas dicas contidas no site do IBGE.
"Para quem curte ler, de forma online ou não, e que possui suas obras preferidas (aquelas de que não se desfaz nem morto!) separadas num espaço nobre de sua estante, é bom saber umas dicas de como conservar esses nossos amigos, os livros.

Aqui vão algumas:

evite tirar o livro da estante puxando pela borda superior da lombada. Isto danifica a encadernação. A forma correta de pegar é empurrando os volumes laterais, retirando o exemplar desejado pelo meio da lombada;
evite folhear livros com as mãos sujas;
evite fumar, beber ou comer nas bibliotecas ou mesmo em casa, enquanto lê uma obra;
contato permanente com a luz solar faz mal à saúde do livro;
evite largar os livros dentro do carro;
evite reproduzir livros frágeis ou muito antigos em copiadoras;
evite apoiar os cotovelos sobre eles
".


Agora é abrir um livro e mergulhar em suas páginas... Boa Aventura!

sábado, 19 de setembro de 2009

POR QUE VOCÊ NÃO QUER MAIS IR À IGREJA?

Por que você não quer mais ir à igreja?

Wayne Jacobsen
e Dave Coleman

Aos bem-aventurados – aqueles que hoje e
ao longo de toda a história são insultados,
excluídos e perseguidos simplesmente por seguirem
o Cordeiro para além das normas aceitas
pela tradição e a cultura.
(MATEUS 5:11)

1
Estranho, muito estranho
Naquele momento ele era a última pessoa que eu gostaria de ver.
Meu dia já tinha sido suficientemente ruim e agora com certeza ia
ficar pior.
Mas lá estava ele. Um pouco antes entrara no refeitório, indo direto à
geladeira para pegar um suco de frutas. Pensei em me esconder debaixo
da mesa, mas logo me dei conta de que estava velho demais para isso.
Talvez ele não me visse naquele canto nos fundos. Olhei para baixo e
escondi o rosto com as mãos.
Pelas frestas dos dedos pude ver que ele se virou, recostou-se no balcão
e ficou bebendo seu suco enquanto examinava o salão. Aí, ao perceber
que não estava só, olhou para mim e, demonstrando surpresa,
partiu em minha direção. Por que aqui? Por que logo esta noite?
Tinha sido de longe o pior dia de uma batalha longa e atormentada.
Desde as três da tarde, quando a asma fizera a primeira tentativa de
sufocar Andrea, nossa filha de 12 anos, estávamos em vigília, lutando
por sua vida. Corremos logo com ela para o hospital, acompanhando,
10 • Por que você não quer mais ir à igreja?
angustiados, seu esforço para respirar, e ficamos assistindo à luta dos
médicos e enfermeiras contra a doença.
Admito que não sei lidar bem com isso, apesar de toda a prática que
tenho acumulado. Minha mulher e eu vimos testemunhando o sofrimento
de nossa filha desde seu nascimento, sem saber quando uma
crise súbita, com risco de morte, poderá nos mandar às pressas para o
hospital. Vê-la sofrer me deixa com muita raiva. Por mais que nós e
tantas outras pessoas rezemos por ela, a asma só piora.
Finalmente a medicação fez efeito e ela começou a respirar melhor.
Minha mulher foi para casa tentar dormir um pouco e tranqüilizar
seus pais, que tinham ficado com nossa outra filha. Eu passei a noite ao
lado de Andrea. Quando ela afinal adormeceu, vim até o refeitório em
busca de algo para beber e de um lugar tranqüilo para ler. Estava me
sentindo elétrico demais para dormir.
Aliviado por encontrar o lugar deserto, pedi uma xícara de café e me
sentei nas sombras de um canto mais afastado. Estava tão revoltado que
mal conseguia pensar direito. O que foi que eu fiz de tão errado para
minha filha precisar sofrer tanto? Por que Deus ignora meus pedidos
desesperados para que ela fique curada? Alguns pais se queixam de ter
que bancar o motorista para os filhos. Mas eu sequer sei se Andrea vai
sobreviver ao próximo ataque de asma e me preocupa pensar que os
esteróides com que ela vem sendo tratada acabem retardando seu
crescimento.
E agora, bem no meio dessa raiva em que eu me deixava afundar, ele
vinha se intrometer no meu santuário privativo. Enquanto caminhava
em direção à minha mesa, eu sinceramente cheguei a pensar em lhe dar
um murro na boca caso ele ousasse abri-la. Mas no fundo eu sabia que
não era capaz de fazer isso. Minha violência é só interna, não se mostra
do lado de fora, onde possa ser vista.
Jamais conheci alguém mais decepcionante do que o João. Fiquei excitadíssimo
na primeira vez em que nos encontramos, porque achei que
nunca tinha encontrado alguém mais sábio. Mas ele só me causou aborrecimentos.
Desde que surgiu na minha vida, perdi o emprego com que
sonhara durante tantos anos, fui afastado da igreja que tinha ajudado a
Estranho, muito estranho • 11
fundar havia 15 anos e até meu casamento entrou numa turbulência
que nunca acontecera antes.
Para que se entenda quanto me sinto frustrado, será preciso retroceder
até o dia em que vi João pela primeira vez. Por mais incrível que
tenha sido o começo, não se compara a tudo o que veio depois.

Minha mulher e eu comemoramos nosso décimo sétimo aniversário
de casamento com uma viagem de três dias à praia de Prismo, no litoral
da Califórnia. Ao voltarmos para casa no sábado, paramos em San
Luis Obispo para almoçar e fazer umas compras. O centro comercial
todo restaurado é o principal atrativo da região, e naquele dia ensolarado
de abril as ruas estavam apinhadas de gente.
Depois do almoço, cada qual foi para um lado. Eu fui dar uma olhada
nas livrarias enquanto minha mulher percorria as lojas de roupas e presentes.
Como terminei meu passeio mais cedo, sentei-me na mureta de
uma loja para saborear um sorvete de chocolate.
Não pude deixar de observar uma discussão acalorada que ocorria
um pouco mais acima na rua. Quatro estudantes universitários e dois
homens de meia-idade distribuíam panfletos azuis brilhantes e gesti -
culavam ferozmente. Eu tinha visto aqueles panfletos antes, enfiados
nas palhetas dos limpadores de pára-brisas dos carros e espalhados pelo
meio-fio. Eram convites para uma peça sobre o fogo do inferno que estava
sendo apresentada numa igreja local.
– Quem vai querer ir a uma produção de segunda categoria como essa?
– Nunca mais ponho os pés numa igreja!
– A única coisa que aprendi na igreja foi a me sentir culpado!
– Freqüentei durante muito tempo a igreja, saí cheio de cicatrizes e
nunca mais volto lá!
Era uma verdadeira competição para ver quem ia acrescentar o próprio
veneno.
– De onde é que aquela gente arrogante tira a idéia de que pode me
julgar?
12 • Por que você não quer mais ir à igreja?
– Eu queria saber o que Jesus acharia se entrasse numa dessas igrejas
hoje!
– Acho que não entraria.
– E, se entrasse, provavelmente dormiria entediado.
Gargalhadas soaram mais alto.
– Ou talvez morresse de rir.
– Ou de chorar – sugeriu outra voz, fazendo todo mundo parar e
refletir por um momento.
– Será que ele usaria terno?
– Só se fosse para esconder o chicote com que haveria de fazer uma
bela faxina.
O volume crescente da discussão chamava a atenção das pessoas, que
retardavam o passo para ouvir – umas, perplexas com os ataques a algo
sagrado como a religião, outras tentando dar a própria opinião.
A discussão atingiu o auge quando um dos recém-chegados pôs-se
a defender a Igreja. As acusações e queixas se intensificaram. Recla -
ma ções sobre sedes e construções suntuosas, sermões hipócritas, ma -
çantes, sempre pedindo dinheiro, e o tédio de tantas reuniões. Os que
procuravam defender a Igreja viam-se forçados a admitir alguns desses
pontos fracos, mas tentavam destacar muitas realizações positivas
das igrejas.
Foi então que eu o vi. Devia estar na faixa entre 30 e muitos e 50 e
poucos anos, difícil dizer. Era baixo, de cabelos pretos ondulados e barba
desgrenhada salpicados de fios acinzentados. Vestia uma blusa verde de
mangas compridas, calças jeans e tênis, e sua apa rência firme e decidida
fez com que eu me perguntasse se não teria sido um daqueles líderes
contestadores dos anos 1960.
Na verdade, o que mais atraiu meu olhar foi sua fisionomia grave e o
jeito determinado com que se encaminhou diretamente para o centro
do debate. Ele pareceu se fundir à multidão, para logo emergir bem no
meio dela, encarando os participantes mais ferozes. Quando seus olhos
se voltaram em minha direção, fui capturado pela intensidade deles.
Eram profundos – e vivos! Fiquei como que hipnotizado. O homem
parecia saber o que ninguém mais sabia.
Estranho, muito estranho • 13
A essa altura a discussão se tornara hostil. Os que atacavam a Igreja
voltavam sua raiva contra Jesus, chamando-o de impostor. Como já era
de imaginar, isso deixou os defensores ainda mais furiosos.
– Espere até ter que encará-lo quando estiver ardendo no fogo do
inferno – alguém vociferou.
Quando eu pensei que a confusão iria descambar para o corpo-acorpo,
o estranho lançou uma pergunta à multidão.
– Vocês realmente não fazem a menor idéia de como era Jesus. Fazem?
As palavras fluíram de seus lábios com a suavidade da brisa que
balançava as árvores acima de nossas cabeças, em franco contraste com
a discussão acalorada que o rodeava. Mas, apesar da doçura com que
essas palavras foram pronunciadas, seu impacto não se perdeu na multidão.
O clamor ruidoso rapidamente se abrandou, enquanto rostos
tensos davam lugar a expressões intrigadas. Quem disse isso? era a pergunta
muda que se podia perceber nas fisionomias surpresas.
Eu ri comigo mesmo, porque ninguém estava enxergando o homem
que acabara de falar. Ele era tão baixo que facilmente poderia passar
despercebido. E, no entanto, intrigado com seu comportamento, eu tinha
passado os últimos minutos observando-o.
Enquanto as pessoas olhavam em volta, ele repetiu a pergunta, quebrando
o perplexo silêncio.
– Vocês fazem idéia de como Jesus era?
Nesse instante todos os olhares se curvaram na direção da voz e se
surpreenderam ao ver o homem que falara.
– O que é que você sabe sobre isso, coroa? – um homem finalmente
perguntou, a zombaria respingando de cada palavra.
O olhar de censura da multidão deixou o homem desconcertado. Ele
riu sem graça e desviou os olhos, até que a atenção de todos retornou
ao estranho. Mas este não parecia ter nenhuma pressa para falar. O
silêncio ficou suspenso no ar, muito além do ponto de incômodo. Alguns
olhares e gestos nervosos manifestaram-se na multidão, mas ninguém
disse nada, e todos perma neceram onde estavam. Durante esse tempo o
estranho analisou a multi dão, parando para focalizar cada pessoa por
um breve momento. Quando capturou meu olhar, tudo dentro de mim
14 • Por que você não quer mais ir à igreja?
pareceu se fundir. Desviei os olhos instantaneamente. Após alguns
segundos, olhei de volta, na esperança de que ele não estivesse mais
olhando na minha direção.
Depois do que pareceu um tempo insuportavelmente longo, ele falou
novamente. As primeiras palavras foram sussurradas diretamente para
o homem que havia ameaçado os demais com o inferno.
– Por que você disse isso?
Seu tom de voz era suave e triste, e as palavras soavam como um convite.
Não havia nelas o menor traço de ódio. Meio embaraçado, o homem
revirou os olhos, como se não estivesse entendendo a pergunta.
O estranho olhou em torno por algum tempo, depois começou a
falar, as palavras fluindo suavemente:
– Jesus não tinha nada de muito especial. Poderia andar por esta rua
hoje e nenhum de vocês sequer o notaria. Na realidade, talvez o evitassem,
pois certamente ele destoaria de todos. Mas foi o homem mais
gentil que já se conheceu. Era capaz de silenciar os detratores sem precisar
erguer a voz. Nunca intimidou ninguém, nunca chamou atenção
para ele mesmo nem fingiu gostar do que lhe fazia mal à alma. Era
autêntico até o âmago de seu ser. – Fez uma minúscula pausa. – E no
âmago daquele ser existia um imenso amor. – Nova pausa. – E como ele
amou! – Seus olhos se distanciaram da multidão, parecendo perscrutar
as profundezas do tempo e do espaço. – A humanidade só descobriu
o que era verdadeiramente o amor por intermédio dele. Mesmo os que
o odiavam. Mas ele não discriminava ninguém, pois esperava que, de
algum modo, pudesse fazer seus inimigos descobrirem que o amor é a
essência e a realização máxima do ser humano.
A multidão parecia paralisada ouvindo-o falar.
– Ninguém foi tão honesto quanto ele. Mesmo quando suas ações ou
palavras expunham os aspectos mais sombrios das pessoas, estas não se
sentiam envergonhadas. Ele lhes dava total segurança, pois suas palavras
não indicavam o menor sinal de julgamento, eram simplesmente
um chamado para a superação e o crescimento. Qualquer um podia
confiar-lhe seus mais íntimos segredos. Se algum de vocês tivesse que
escolher uma pessoa para ampará-lo em seu pior momento, gostaria
Estranho, muito estranho • 15
que fosse ele. Jesus não desperdiçava o tempo zombando dos outros,
nem de suas preferências religiosas. – Olhou fixamente para os que, um
momento antes, se atacavam. – Se tinha algo para dizer, ele dizia e
seguia seu caminho, deixando em você a certeza de ter sido intensamente
amado.
O homem se deteve, os olhos e a boca cerrados como se tentasse conter
as lágrimas. Depois prosseguiu:
– Não se trata de sentimentalismo barato. Ele amava, realmente amava.
Para ele não importava que fosse um fariseu ou uma prostituta, um discípulo
ou um mendigo cego, um judeu ou um não-judeu. O amor dele
estava disponível para qualquer um. A maioria o abraçava quando o
via. Os poucos que o seguiam experimentavam um frescor e uma
energia que nunca iriam esquecer. De alguma forma ele parecia saber
tudo a respeito deles e os amava incondicionalmente.
O homem fez uma pausa e observou a multidão. Atraídas por suas
palavras, umas 30 pessoas haviam parado para escutar, com o olhar fixo
e as bocas abertas de espanto. Seu depoimento era tão convincente que
ninguém poderia duvidar de sua força e autenticidade. As palavras brotavam
do mais profundo da alma daquele homem.
– E, mesmo pregado na cruz – os olhos do homem se voltaram para
as árvores que se erguiam acima de nós –, seu amor continuou se derramando
sobre todos, sem distinção. Ao se aproximar da morte, depois
de um grito em que expressava seu sentimento de abandono, ele entregou
sua vida ao Pai, para nos resgatar de nossos pecados. Não houve
momento mais belo em toda a história da humanidade. Seu flagelo se
tornou o instrumento para que sua vida fosse compartilhada conosco.
Não era um louco. Era o Filho do Deus amoroso que ele ma nifestou
durante toda a sua vida e até o último suspiro.
Quanto mais o homem falava, mais eu me deixava impressionar. Ele
discorria com a intimidade de alguém que tivesse convivido muito de
perto com Jesus. Lembro que na hora pensei assim: Este homem é exatamente
como eu descreveria o apóstolo João.
No momento em que esse pensamento me passou pela cabeça, o
homem se deteve no meio da frase. Virando-se para a direita, seus olhos
16 • Por que você não quer mais ir à igreja?
pareceram procurar alguma coisa na multidão e subitamente se cra -
varam nos meus. Os pêlos da minha nuca se eriçaram, e calafrios percorreram
meu corpo. Ele sustentou meu olhar por um instante. Depois,
um breve mas claro sorriso abriu seus lábios enquanto ele piscava e
acenava com a cabeça para mim.
Pelo menos é assim que eu me lembro agora do que aconteceu.
Fiquei chocado na hora. Será que ele lê meus pensamentos? Mas que
tolice! Como é que ele poderia ser um apóstolo de 2 mil anos de idade? Isso
é simplesmente impossível.
Ninguém ao meu redor pareceu perceber sua piscadela e seu sorriso.
Eu estava atônito, era como se tivesse levado uma bolada na cabeça.
Uma corrente elétrica percorreu meu corpo enquanto minha
mente se enchia de interrogações. Eu tinha que saber mais a respeito
desse estranho.
A multidão aumentava à medida que mais e mais pessoas se aproximavam
tentando ver o que se passava ali. O estranho pareceu ficar in -
comodado com o espetáculo em que aquilo estava se transformando.
– Se eu fosse vocês – ele disse, sorrindo para aqueles que haviam iniciado
a discussão –, perderia menos tempo falando mal da religião e
investiria mais para descobrir quanto Jesus deseja ser nosso amigo sem
impor qualquer condição. Ele vai cuidar de vocês e, se deixarem, se
tornará, de longe, seu maior amigo. Se o conhecerem melhor, vocês o
amarão mais do que a qualquer outra pessoa. Ele lhes dará um propósito,
um sentido de vida, que lhes permitirá superar todo estresse e
sofrimento e que os transformará profundamente. Quando isso acontecer,
vocês saberão o que são verdadeiramente a liberdade e a alegria.
Depois ele se virou e abriu caminho na multidão na direção oposta
àquela em que eu me encontrava. Sem saber como reagir, ninguém se
mexeu ou disse qualquer coisa por um instante.
Tentei vencer a multidão para poder falar pessoalmente com o homem.
Seria possível que ele fosse João, o discípulo querido de Jesus? Se não,
quem era? Como sabia das coisas de que falava com tamanha segurança?
Foi difícil atravessar aquela massa sem perder o homem de vista.
Resolvi chamá-lo de João. Consegui chegar ao outro lado bem a tempo
Estranho, muito estranho • 17
de vê-lo dobrar uma esquina. Dirigia-se a uma viela que ligava a área de
comércio a um estacionamento.
Ele se achava apenas uns 15 passos à minha frente quando entrou na
viela. Era um alívio saber que teria pelo menos uma chance de conversar
com ele, já que ninguém mais o seguia. Dobrei a esquina, preparando-
me para lhe pedir que parasse, mas, em vez disso, estaquei de
súbito, olhando a viela.
Estava vazia. Voltei, confuso. Será que ele havia de fato entrado ali?
Olhei em ambas as direções, mas não vi sua blusa verde. Eu tinha a certeza
de que ele viera por ali, mas era impossível ter coberto os 40 metros
da viela nos três segundos que eu levara para alcançá-la.
Meu coração disparou. Receando tê-lo perdido, saí correndo. Não
havia uma porta, nenhuma passagem por onde ele pudesse ter-se enfiado.
Por fim eu me vi no estacionamento olhando em todas as direções.
Nada. Nenhum sinal do estranho.
Confuso, corri de volta pela viela até a rua, rezando o tempo todo
para encontrá-lo. Procurei por toda parte sem sucesso. Ele sumira.
Fiquei no auge da frustração.
Finalmente me sentei num banco, meio desorientado. Massageei
minha testa crispada, tentando formar um pensamento coerente. As
idéias se atropelavam em minha cabeça. Quem era ele e o que lhe acontecera?
Suas palavras haviam me tocado profundamente, e a lembrança
dele piscando para mim ainda me causava arrepios.
Finalmente desisti de encontrá-lo e quis apagar da mente aquela
manhã como um daqueles acontecimentos inexplicáveis na vida.
Não sabia quanto estava enganado.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

DIFERENÇA ENTRE CARTUM, CHARGE E CARICATURA

"Charge, cartum, caricatura, é tudo a mesma coisa?

Apesar de muitas vezes esses termos serem usados como sinônimos, existem diferenças entre eles. Vamos conhecê-los melhor.

Caricatura: tem sua origem na Itália do século XVII, derivado da expressão ritratti carichi ou retrato carregado. A caricatura retrata figuras humanas, exagerando no desenho algumas características físicas da pessoa.

Charge: aborda fatos ou acontecimentos específicos. Sua compreensão é maior quando se conhecem os contextos sociais, econômicos, políticos e/ou culturais que levaram a sua elaboração.

Cartum: é um desenho humorístico que se dedica a temáticas mais abrangentes da sociedade, tendendo a ser menos comprometido com o dia a dia dos fatos e mais universal. São temas comuns: o bem e o mal, a guerra, a infidelidade conjugal, etc. Assim, sua compreensão é atemporal, podendo, portanto, ser entendido por pessoas de diferentes épocas e lugares, uma vez que a contextualização típica de uma charge não é necessária. Frequentemente vem acompanhado da linguagem escrita também".


Gislaine e Reinaldo_ In: www.atica.com.br

quarta-feira, 17 de junho de 2009

O EFEITO COR DE ROSA

"Em um mundo planejado pra ser “azul” foi inevitável a presença “cor-de-rosa”! Uma das primeiras idéias criativas de Deus! E começa lá no Éden. Deus decidiu que não seria bom para a humanidade nascente a presença monocromática do azul! Estava criado, então, o efeito cor-de-rosa! E Deus, mais uma vez, estava coberto de razão! Ficou muito mais bonito, mais vívido, mais colorido, mais alegre, mais pleno! O azul ficou cheio de vida, sentindo-se mais completo. Combinou bem!

Para surpresa do azul, o efeito cor-de-rosa começa a se manifestar. Ele é dinâmico, não veio pra ser apenas um complemento. Tem vida própria, é forte, se impõe! Por um descuido inicial e contando com a cumplicidade do parceiro Azul, provocou uma mancha que se alastrou por todas as cores da tela do universo! Recuperada, porém, pelo Artista das cores, começa a atuar na história da humanidade, tornando-se uma presença indispensável e extremamente necessária e linda!

O efeito cor-de-rosa vai estender a sua presença na história das famílias, sem dúvida, o seu maior campo de ação; terá importante presença na formação social; no mundo político, nos reinos e seus governos; na educação dos povos e na cultura; e, evidentemente, na vida religiosa, onde o efeito cor-de-rosa vai desempenhar um papel primordial na Igreja do Principal das cores, Jesus! Está presente, hoje, em todos os níveis da vida ativa da Igreja. A Igreja Presbiteriana do Brasil sente-se muito honrada e orgulhosa por tê-la entre as suas cores. A Igreja Presbiteriana de Sta. Rita do Passa Quatro parabeniza a Sociedade Auxiliadora Feminina pelos seus 10 anos de organização e serviços. O Efeito Cor-de-Rosa tem sido uma grande bênção para esta Igreja! Parabéns SAF. Deus a abençoe cada vez mais!!!

Rev. Gerson Braga Pereira – SRPQ, sábado, 02 de agosto de 2008
"



In: gebraga.blogspot.com

sábado, 16 de maio de 2009

AMADURECIMENTO DE UM BLOGUEIRO EVANGÉLICO

Nenhum projeto pessoal pode ser levado à perfeição sem dedicação, tempo e persistência. Isto significa que Blogs também estão incluídos nisso. Quero refletir com você o que penso depois de cinco anos escrevendo e publicando conteúdo cristão.

Creio que posso ser dedicado em algo porque me apaixone. Sempre amei o trabalho de evangelizar com a palavra escrita. Um blog para mim não é um artigo onde possa desfilar vaidade pessoal. Mas cedo ou mais tarde você se cansa, principalmente se for bem sucedido. Nisso, o sucesso pode produzir fastio.

Como cristãos, você e eu, detentores do conhecimento da mais alta tecnologia de publicação da palavra escrita, tanto em velocidade quanto abrangência geográfica, poderemos ir muito mais longe se deixarmos de ficar contemplando o próprio umbigo. Blogs são tecnologia pura, gratuitas, de alcance global. De 2009 em diante vão se tornar mídia obrigatória para líderes evangélicos. Entretanto, a internet é por demais pública para discussão de picuinhas e lavar "roupas" sujas. Quem fizer isto, em muito pouco tempo vai mostrar o tamanho do próprio caráter. Você pode não ter nenhuma expressão - como Davi de Jessé - todavia se levar a sério um projeto focado em Cristo, com dedicação você vai suplantar endereços de pastores, bispos, apóstolos e papas.

O tempo de amadurecimento define o poder de fogo de um blogueiro. Se ele se mantiver focado e dedicado, em fogo brando, mas constante, cada ano que passa são mais experiências, conhecimento, melhoria de redação e mais: conquistará uma multidão de leitores que se identificam com sua forma de pensar.

No primeiro ano, o blogueiro fica ansioso para ver seu nome estampado nas páginas dos buscadores. Quando pela primeira vez o meu, depois de um bom tempo, fiquei fascinado. Depois de mais de um ano blogando descobri as famosas ferramentas de contagem de visitas. Eu achava que poucas pessoas se dariam tempo a perder com minhas coisas. Eu estava enganado. Por outro lado, quando comecei a ver o contador de visitas mudando a cada dia, também fiquei ansioso. E esta ansiedade somente passou, quando em abril do ano passado meu counter desapareceu da Internet com os registros de 98.000 visitas. Depois disso, a ansiedade foi diminuindo, diminuindo, até não mais causar febre.

Por outro lado a eficiência foi aumentando. Aprendi a colocar corretamente os títulos dos textos, a corrigir os textos dentro do Word através do corretor ortográfico... ainda que não esteja 100%, pelo menos, em respeito aos leitores, procure deixar a ortografia o mais correta possível. Descobri quais assuntos interessam mais os leitores evangélicos e não evangélicos; também que um blog não pode ter matérias repetitivas, mas que sejam no formato de uma revista, ou seja, com assuntos variados. Um assunto de interesse público, pode atrair leitores não cristãos. Se você martelar apenas coisas de crentes, vai desprezar a maior parte de leitores em potencial - não crentes. Seu blog precisa ter tempero que agrade a crentes e não crentes. Não pode ser aquele prato insonso e repetitivo ano após ano. Isto só é possível com o passar dos anos, desde que seu propósito seja algo acima do narcisismo.

Cada ano que você bloga, mais sábio você pode ficar, principalmente se ouvir as críticas. Os elogios são muito agradáveis, bem-vindos... mas não produzem crescimento, apenas a sensação de que você está no topo. Isso em 99% dos casos não espelha a verdade. A crítica nos irrita (quem é que gosta dela?) mas quando somos criticados acontece uma reação em nosso cérebro. Podemos discordar a princípio, mas se formos honestos podemos ver com os olhos dos leitores aquilo que não conseguimos enxergar.

Um dos grandes inimigos dos blogueiros é a suposta falta de tempo ou de propósito. Blogs são como namoro: ou você se apaixona por eles e vai adiante ou desanima à beira do caminho. A parábola do semeador é muito bem aplicado no meio dos blogueiros evangélicos. Por má informação uns detestam, por falta de visão outros morrem com a raiz na pedra, os que não têm tempo são sufocados pelos espinhos. Mas, os que se mantêm focados, principalmente em Cristo, podem produzir muito. Um blogueiro com unção de Deus para escrever vai conseguir pela Internet mais do que qualquer evangelista já fez por outros métodos. A mídia é global. O poder da unção Espírito Santo é o mesmo.

A seu tempo, o blogueiro que investir na intimidade com Jesus e mantiver a produção de textos com inteligência ao longo dos anos vai atingir uma quantidade de leitores inimaginável.

É por isso que estamos aqui para semear chamadas, mudar conceitos e produzir desafios. Quando o assunto são Blogs, vale a pena começar, aprender a usar e persistir ao longo dos anos. Cada ano focado são dezenas de experiências acumuladas que ninguém pode tirar de você. Depois, à medida que você for conquistando maturidade neste processo de discipulado, não esqueça o verdadeiro espírito de um blogueiro cristão: compartilhe seu conhecimento com outros.


Em Cristo,
João Cruzué, in: www.ubeblog.com

sexta-feira, 15 de maio de 2009

BELMIRO BRAGA (MG)


"Histórico do Brasão da Prefeitura Municipal de Belmiro Braga
Escudo português (Ibérico), em campo de blau (azul), tendo em roquete, três estrelas de prata e, ao centro uma lira de três cordéis de ouro, um contra chefe(campanha, de sinople (verde) carregado de três faixas ondadas de prata, sendo a do centro em tamanho duplo.
- Num listel de goles (vermelho) destacando-se os seguintes dizeres de prata – 1852 – Belmiro Braga – 1962.
- Conjunto encimado pela coroa mural de cinco torres de prata que é a cidade, tendo sobre a torre central, uma elipse de azul carregada de uma flor de Liz de ouro.
Interpretação do escudo
O escudo Português em toda beleza evidência a origem lusitana de nossa pátria; os três distritos municipais: Belmiro Braga, Porto das Flores e Três Ilhas; a lira destaca o toponiaro, representando espiritualmente, a presença de grande poeta mineiro, nascido na localidade, as três faixas de prata a topografia hidrográfica da região, constituídas pelos rios, Paraibuna, Rio preto e Peixe; a Flor de Liz, Nossa Senhora Sant Ana, padroeira da localidade.- Datas: 1852, início do povoado e 1962 elevação a dignidade de município (cidade), por força da lei estadual número 2.764, de 30 de novembro de 1962.- As cores do escudo terão a seguinte significação:- Ouro – força, Prata – Goles; Vermelho – Intrepidez; - Azul – (Blau)- Serenidade; Verde –( Sinople) – Abundância".

quinta-feira, 30 de abril de 2009

NOTÍCIAS DIRETO DO MÉXICO SOBRE A GRIPE SUINA

" (...) não é muito o meu costumo postar textos de outra autoria aqui no blog, mas recebi notícias de um amigo que está no México, e achei útil postar, para a gente entender como as coisas estão por lá e poder rogar por eles.É bom também para a gente se situar!Coloco aqui, porque na verdade ele já publicou no orkut!

'Noticias aqui do Mexico , diante da epidemia da gripe suina. Como a maioria deve saber , moro no Mexico com minha familia desde 2005. Minha esposa é mexicana , temos o Samuelito com 3 anos! Estamos dentro de casa todo o tempo! Só saimos se for realmente necessário e com o famoso "tapa-boca". As escolas estao fechadas até o dia 6 de maio. Data em que as autoridades esperam , e queira Deus que as coisas se estabilizem! Tambem estao fechados os teatros , cinemas , restaurantes , shoppings e outros lugares publicos! Os templos estao fechados por decreto governamental , até segunda ordem! Não podem haver cultos! Eu iria tocar em vários eventos neste fim de semana (feriadão) , mas tudo foi cancelado!!! Até um casamento em que iria tocar foi adiado "sine-die"! (...) Coloco meu "cubre-boca" e vou a luta!!!! Já está quase bom!!!!Agora estou imobilizado por decreto do governo!!!! Orem pelo Mexico e por todo o mundo! Este é um problema mundial! MAS NAO É PARA SE ALARMAR! É SÓ SE CUIDAR!!! HIGIENE GALERA , HIGIENE!!!! Deus está no controle! É só confiar!!!! E isto vai passar! Orem para que toda esta loucura passe o mais rapido possivel! Em Cristo que nos fortalece e aumenta nossas defesas contra o vírus!! Paz e Graca!

Samuel'".

In: stellajunia.blogspot.com

domingo, 19 de abril de 2009

DICAS PARA CRIAÇÃO DE UM BLOG

"Qual é a melhor plataforma (portal) para se criar e publicar um blog. Há várias: www.vox.com; www.wordpress.com e blogger.com. Eu indicaria a última, pois pertence ao Google - o maior portal de serviço de buscas do mundo. Para se ter uma idéia, 90% dos leitores do meu blog vêm direcionados pelo serviço de busca do próprio Google. Um parceiro importante. Eu escrevo, publico e ele divulga os textos de forma global. No primeiro ano de trabalho, você não vê muito resultado, mas, à medida que você continua publicando, várias e várias páginas vão aparecer com seu nome e o os textos com o nome de seu blog. Quer fazer um teste? Estou blogando há cinco anos no Blogger - experimente digitar o nome "joao cruzue" na busca do Google. São mais de 35 páginas com coisas que escrevi, comentei ou comentaram sobre mim. A razão disso tem um nome: Blogs. Da mesma forma, isso também acontecerá com você. Eu não me alegro por meu nome estar ali tantas vezes, já me acostumei. Mas vou me alegrar muito ao ver o seu nome, o seu blog "bombando" na Net e falando de Jesus. Só o Google faz isto - através do Blogger".

sábado, 18 de abril de 2009

CULTO, MÚSICA INSTRUMENTAL: 1. PRELÚDIO

Vejamos – a igreja está reunida para o culto coletivo.Já aconteceu o processional (música de entrada e de chamada para o culto), os avisos, apresentações de visitantes. Deus está está entre nós. Sim, apesar de nós mesmos, apesar da nossa finitude, apesar das nossas mazelas, apesar de todas as preocupações ou ansiedades... Deus está no meio do seu povo.

O que é? Para que serve? Como participar deste momento?

Segundo o dicionário de Aurélio Buarque de Holanda, prelúdio vem do francês prélude e quer dizer: “Ato ou exercícios prévios, primeiros passos; iniciação; preparar com antecedência. Aquilo que precede ou anuncia alguma coisa.”

Por analogia, vamos pensar agora nos cultos na igreja. O culto matutino vai ter o seu início às 10h15, mas desde 9h já estamos envolvidos nos trabalhos eclesiásticos. São professores, diretores de departamentos, secretários, alunos, merendeiras do departamento infantil, introdutores e outros que servem ao Senhor dominicalmente nas igrejas. Todos envolvidos em alguma atividade, em algum movimento.

Outros, só chegarão às 10h15 e até atrasados, trazendo consigo todos os problemas, preocupações ou pensamentos ainda ligados ao cotidiano da sua vida pessoal. Muitas vezes é o almoço que não deu para terminar, ou é o filho, mãe ou outro parente que foi deixado em casa. Alguns chegam tensos para o culto, pois nem sempre é fácil vir e deixar o esposo (a), os filhos ou os pais que não sendo "crentes", muitas vezes não entendem o porquê de “tanto culto”, tanta igreja. Já para aqueles que chegaram às 9h esses problemas já diluíram, mas as emoções causadas pelas descobertas feitas no estudo profundo da Palavra de Deus na EBD, as discussões e debates nas classes e o encontrar alegre com os irmãos e amigos estarão mexendo com estes com suas emoções.

Todas as pessoas, com uma gama imensa de sentimentos - apreensão, tristeza, alegria, excitação, ansiedade, crise, mágoas, ira, dúvidas - participarão do culto em honra ao Deus Criador e Sustentador de suas vidas. O órgão começou a tocar - música vibrante e majestosa - e todos estão chegando para o culto. Chamamos normalmente este momento de processional. Alguns chamam de entrada.

Processional vem da palavra processione e é o momento de entrada de todos os participantes para o local de cultos. Sim, todos - ministros ou oficiantes, os coros, regente e os fiéis que formam a congregação. Durante a Pastoral ou Igreja em ação o pastor da igreja lembra os momentos áureos vividos durante a semana, ressalta alguma atividade em especial, apresenta os visitantes e em muitas ocasiões os irmãos se cumprimentam e se confraternizam. É o momento da chegada. Estamos mais uma vez reunidos como família. É um momento de comunhão.

Bem, tudo falado, arrumado, avisado, compreendido, então, vamos nos preparar psicologicamente, mentalmente, espiritualmente, emocionalmente para o que vai acontecer a seguir. Sim, o culto é um acontecimento. É algo real. É uma celebração. Deus está presente – pois muitas pessoas estão reunidas em seu nome - recebendo adoração.

Neste momento as primeiras notas do prelúdio são tocadas pelo piano ou flauta, ou violino, violão, órgão ou outra formação que cada igreja possui. O que sempre aprendemos ao longo de 46 anos do Curso de Música Sacra no nosso Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil - ensinado pelos nossos primeiros professores com formação musical e teológica na outra América -, é que neste momento cada irmão deve sentir como está em Isaías 6.1-2: A visão da presença do Senhor, a consciência da presença grandiosa de Deus, da sua santidade. Não que não tenhamos trazido dentro de nós este sentimento e presença, pois o culto coletivo deve ser a continuação do seu culto individual. Mas é um sentir junto, percebendo que Deus está aqui neste lugar onde eu e meu irmão, que nem conheço tanto, chegou até aqui e juntos vamos adorar o mesmo Deus. É preparar o coração, a alma para ali, naquele momento, perceber uma presença de Verdade, Luz e Amor. Sim, Deus está entre nós. Apesar de nós mesmos, apesar da nossa finitude, apesar das nossas mazelas, apesar de todas as preocupações ou ansiedades... Deus está no meio do seu povo.

A música do prelúdio deverá ser um caminho facilitador, um meio para que possamos perceber esta realidade. Não deve ser uma música conhecida - para não "brigar" com muitas mensagens ao mesmo tempo -, não deve ser vibrante ou majestosa. Deve ser calma, suave e introspectiva.

Enquanto o prelúdio estiver sendo executado, sugerimos que inspire o ar bem profundamente, feche os olhos para que nenhum movimento o perturbe e a seguir expire bem devagar. Procure não pensar em nada. Nada mesmo! Prepare-se para estar diante de Deus- não estou querendo dizer que já não estão diante dele. Fique quieto e calmo na sua presença. Se desejar orar, ore, mas não peça nada a Deus. Ore falando para Ele sobre os seus atributos - onipotente, onisciente, onipresente, perfeito, santo, misericordioso, triúno e outros - com expressões de exaltação e júbilo (aqui penso em júbilo como algo diferente de simplesmente alegria). Sinta que o Eterno, o Justo e Digno Senhor está neste lugar; prepare seu coração para ouvir sua voz. Em várias outras partes do culto você terá oportunidade para pedir, agradecer, interceder junto ao Senhor Deus em orações. Sinta a presença, a santa presença do Senhor.

Durante muitos anos da minha vida cristã sempre consegui sentir e pensar assim. Pessoalmente é desta forma que minha adoração começa a fluir em um culto coletivo. Nunca gostei de arranjos de hinos nestes momentos. Quando estudei no STBSB aprendi arranjos de hinos de coletâneas ou álbuns americanos para serem tocados neste momento. Na minha compreensão, achava que quando um hino é tocado ou mesmo uma outra música que eu conheço a letra, esta acaba interferindo neste momento que deveria ser quase um "a sós com Deus". Já entendo um hino forte e conhecido no processional, sem problemas.

Não se assuste e nem se aborreça com este meu conceito de prelúdio. É um olhar meu muito pessoal que sempre defendi durante muitos anos e que ensinei a muitos e que deu muito certo em muitos lugares ou igrejas que trabalhei.

De cinco anos para cá tenho mudado e hoje penso e faço diferente em muitas ou algumas ocasiões. Hoje tenho usado até alguns cantos bem conhecidos para de início criar a unidade na mente dos fiéis. Sinto hoje que as pessoas estão dispersas, com dificuldade de concentração e que não conseguem fazer deste momento - o que conceituei desde o início deste texto - algo especial e importante para todo o desenvolver do culto.

Bem, faço assim: coloco a letra do canto - uma estrofe apenas ou uma pequena canção sacra conhecida - no projetor ou no boletim e deixo que o povo cante ou não naquele momento. Não há nenhuma condução - regência - do canto. Fica assim estabelecido: quem desejar canta, quem desejar orar, ore. Mas se você me perguntar o que eu prefiro para veicular a minha preparação para a adoração, eu digo que prefiro o meu conceito primeiro. Foi assim que fui criada e que me faz bem, que prepara o meu coração. Sabe, o momento do culto também é cultural. Não posso impor a você isto.

Acho que precisamos ler ou estudar sobre ISO cultural. A Gisele Rosa, musicoterapeuta,formada em música sacra em 2008, escreveu um artigo que está no site do STBSB www.seminariodosul.com.br

Deus seja o árbitro dos nossos pensamentos, corações e emoções.

* este artigo foi escrito em 1982 e com uma releitura dia 14/04/2007 e 09/04/2009.**Westh Ney Rodrigues Luz - profª. de Culto Cristão no Seminário do Sul . É membro da Igreja Batista Itacuruçá, Tijuca, Rio/RJ . Trabalha com coros e ministério de música desde 1972, e em 1979 começou a pesquisar sobre Culto, ordens e liturgia. Em 2003, a JUERP lançou o livro Culto cristão - contemplação e comunhão, escrito em parceria com a profª. Leila Gusmão, redatora da Revista Louvor.

In: blogdawesth.blogspot.com

segunda-feira, 6 de abril de 2009

UNESCO LANÇARÁ BIBLIOTECA DIGITAL

"Unesco lançará a Biblioteca Digital Mundial no dia 21
Site oferecerá gratuitamente arcevo de livros e documentos.Funcionará em sete idiomas, sendo que português será um deles (France Presse).

A Biblioteca Digital Mundial, um site que oferecerá gratuitamente um arcevo excepcional de livros, manuscritos e documentos sonoros procedentes de bibliotecas e arquivos do mundo todo, será lançada no próximo dia 21, na sede da Unesco, em Paris.
O site da Biblioteca Digital Mundial funcionará em sete idiomas (árabe, chinês espanhol, francês, inglês, português e russo).

O projeto, no qual participam a Unesco e outras 32 instituições associadas, foi desenvolvido por uma equipe da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos e participam nele instituições da Arábia Saudita, Brasil, Egito, China, Estados Unidos, Rússia, França, Iraque, Israel, Japão, Grã-Bretanha, México e África do Sul, entre outros países".
In: G1.com

segunda-feira, 23 de março de 2009

A LOJA DE DEUS

"Entrei numa loja e ví um anjo no balcão.
-Santo anjo do Senhor, o que vendes?
Respondeu-me:-Todos os dons de Deus.
-Custa muito caro?
-Não, tudo é de graça.
Contemplei a loja e vi vasos de vidro de fé, pacotes de esperança, caixinhas de felicidade e sabedoria.
Tomei coragem e pedi:-Por favor, quero muito amor de Deus,todo o perdão dEle, vidros de fé, bastante alegria e felicidade eterna para mim e para minha família.
Então, o anjo do senhor preparou um pequeno embrulho que cabia na minha mão.
-É possível, tudo aqui?
O anjo respondeu sorrindo:-Meu querido irmão, na loja de Deus não vendemos frutos, apenas sementes".

Plante a sua e seja feliz.

In: Orkut

segunda-feira, 9 de março de 2009

LOGOTIPO DA IGREJA EVANGÉLICA CONGREGACIONAL


"O símbolo é uma marca registrada da Igreja Evangélica Congregacional. O símbolo compreende uma coroa, cruz e dentro de um corpo celeste duplo oval com o nome da igreja e da oração de Jesus: "Que todos eles podem ser um" (João 17:21). É baseado em um antigo símbolo cristão chamado de "Cruz da Vitória" ou o "Cross Triunfante". A coroa simboliza a soberania de Cristo. A cruz lembra o sofrimento de Cristo, seu braço esticado sobre a madeira cruzada, pela salvação da humanidade. O corpo celeste, que se divide em três partes, lembra-nos de Jesus' comando para ser sua "testemunhas em Jerusalém e em toda Judéia e Samaria e até aos confins da terra" (Atos 1:8). O contorno forma a letra “O” que dá início a a palavra oração. Isto representa que os cristãos aos redor do mundo estão ligados a Cristo Jesus pela fé e oração. O versículo da Escritura reflete nosso compromisso histórico para o restabelecimento da unidade entre as Igrejas separadas de Jesus Cristo. A Igreja Unida de Cristo é foi formada em 1957 da união das Igrejas Congregacionais e da Igreja Reformada usa oficialmente esta logo marca. Este logotipo identifica ao redor do mundo os cristãos congregacionais".

quinta-feira, 5 de março de 2009

VALE A PENA BLOGAR!

Eu acredito em sonhos e milagres. Pela primeira vez percebo que uma grande quantidade de evangélicos está diante de seus computadores com um sincero desejo de escrever, de criar alguma coisa bonita, para publicar na Web. São homens e mulheres, jovens e velhos, ministros, professoras, motoristas, zeladores, estudantes, donas de casa. Assembleianos, batistas, presbiterianos, metodistas, gente de quase todas Igrejas evangélicas. Se cada um tiver a paciência necessária para amadurecer, enquanto investe no próprio talento, ao longo dos próximos anos, com certeza, o blogueiro dedicado de hoje, poderá ser o talentoso escritor de amanhã.

Eu acredito em sonhos, porque Deus ordenou a Abraão que contasse as estrelas do céu. Eu acredito em sonhos porque Jacó viu uma escada posta na terra cujo topo tocava os céus e os anjos de Deus subiam e desciam por ela. Eu acredito em sonhos, porque o paralítico junto ao Tanque de Betesda, mesmo depois de 38 anos, ainda procuraava pela cura. Eu acredito em sonhos, porque ainda hei de comprar muitos livros escritos por blogueiros que estão começando agora.

Para que um sonho se torne em realidade é preciso duas coisas: crer em Deus e acreditar em você. Deus não moverá uma palha para fazer o que for de sua responsabilidade. Por exemplo: um planejamento de trabalho, as metas de seu projeto literário, a definição do estilo, o investimento em redação, na leitura contínua de livros inspirados. Deus cobrou perfeição para conceder o maior desejo de Abrão. Li recentemente o testemunho de um famoso escritor brasileiro famoso, ele dizia que: "Enquanto meus amigos mais talentosos desistiam, eu continuava. E quando pensei em parar por causa da crítica, tinha tantos leitores que isso já não era mais possível."

Eu tenho consciência de que milhares de blogueiros evangélicos estão publicando muitas coisas boas na Internet. Estamos presenciando o limar de um movimento literário evangélico em língua portuguesa. Aqueles que investirem diligentemente em seus sonhos, criando, estudando e melhorando seus textos vão poder contar com o milagre de Deus. Eu sei que o maior problema não é escrever com erros, mas de ter medo de escrever. Ninguém começa perfeito - com Abraão foi assim.

Criar é mais difícil. É preciso pensar, planejar, alterar a inércia com o emprego de mais energia. Mas, à medida que se cria, o "azeite da botija" vai aumentando. Não importa se você ainda não escreve bonito. Não tenha vergonha de escrever nem de sonhar. Exercite seu talento. Se alguém o criticar duramente, ouça, mas não pare, não desista. Se você fizer sua parte, Deus vai operar o milagre e o patinho feio de hoje será um belo cisne amanhã. Não estou condenando os copiadores, apenas dizendo que as oportunidades reais estão reservadas para os que criam e enfrentam com paixão suas limitações atrás do sonho de escrever o texto perfeito. A criação não produz esterilidade nem falsas conquistas. É lenta, gradual, mas é um patrimonio cultural seu.

Deus quer fazer um milagre em você. Tirá-lo detrás de um blog simples para consagrá-lo em um "best-seller". Para isso é necessário que você olhe mais longe e mais alto. O sucesso de um blogueiro evangélico não está em um pagerank alto; não está em ter 10 mil visitas diárias registradas no "counter". Em minha opinião um blogueiro evangélico alcançará um lugar de honra, quando puder ver seus livros em todas livrarias e bancas brasileiras. Se os autores espíritas conseguem, por que os crentes não? Eu creio que podemos.

E o que preciso fazer? É preciso deixar a miopia, a visão fixa no próprio umbigo. Nossas oficinas são nossos blogs. Que cada um de nós aceite o desafio de escrever e melhorar, escrever e melhorar, planejar, criar, repensar. Não importa se o começo for uma decepção, a bênção prometida não está no começo nem no meio - ela será alcançado no fim por aqueles que são teimosos.

Meu sonho é ver centenas de blogueiros evangélicos se transformando em grandes escritores cristãos de amanhã. Um sonho de poder entrar em nas grandes livrarias e ter o prazer de ver dezenas e dezenas de autores evangélicos e não apenas espíritas. Se não estamos ali ainda não é por negligência Deus, mas por falta de sonhos, visões, planos, projetos, muito trabalho, paixão e teimosia.

Por isto, vale a pena blogar!


João Cruzué é um dos administradores da União de Blogueiros evangélicos uma associação virtual que vem compartilhando conhecimentos de como criar e editar blogs, para publicação de conteúdo cristão na Internet.
In: olharcristao.blogspot.com

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

A ESCOLHA: Cristo e a Cultura

Quando olhamos para o cristianismo, tendemos a pensar que ele está sendo assaltado por ameaças novas. No entanto, as "novidades" de hoje não são assim tão novas. Nós, que nos autodenominamos modernos, não somos tão criativos quanto queremos parecer. Afinal, não mesmo nada novo debaixo do sol (Ec 1.9).

A pergunta inevitável, diante das tendências de hoje e de ontem, é: de que modo essas tendências influenciaram a igreja ou foram totalmente recusadas por ela? Ao respondê-la, não podemos cair no anacronismo, julgando o passado à luz da moral de hoje. O apóstolo Paulo, por exemplo, não pode ser classificado como escravocrata porque não propôs abertamente o fim da escravidão.

Essas tendências têm a ver com o modelo de relação que se pretende entre o cristianismo e a sociedade. Há várias tipologias para se entender esta relação. A mais influente é a do teólogo Richard Niebuhr (1894-1962), desenvolvida em "Cristo e Cultura" (1951), livro infelizmente esgotado e que a editora Paz e Terra insiste em não republicar. Segundo Niebuhr, a igreja, ao longo dos séculos, por vezes não se ajusta ao mundo em que vive, por ver nele apenas valores incompatíveis com sua fé. A igreja é colocada como superior à cultura, entendida como um conjunto de valores, crenças e práticas de uma sociedade que jaz completamente sob o domínio do mal. Cabe ao cristianismo transformá-la (Cristo como transformador da cultura), como ensinava João Calvino (1509-1564), ou combatê-la (Cristo contra a cultura), como queria Tertuliano (155-222).

Pode ser também que os membros das igrejas façam escolhas diferentes e não se ajustem à igreja de que participam, por verem nela valores incompatíveis com as demandas do mundo, que espera uma explicação racional das coisas, uma ética de sobrevivência e uma exacerbação do hedonismo, por exemplo. Essas pessoas tendem a ver na sociedade a realização das propostas do cristianismo (Cristo da cultura), como acreditava a teologia liberal do século 19, na qual se inscreve Albrecht Ritschl (1822-1889).

No quarto tipo estão os que acham que Cristo se sobrepõe à cultura (Cristo acima da cultura). Tomás de Aquino (1225-1274) pressupunha que não existe nem antagonismo, nem assimilação entre eles. O problema é de natureza mais individual que social, mais vertical do que horizontal. Para os que não inter-relacionam mundo e igreja, sua fé não questiona o mundo e sua vida não questiona a igreja. Eles não vislumbram contradição entre os valores bíblicos e os seculares, já que se aplicam a áreas diferentes e integram dois campos completamente incomunicáveis (Cristo e cultura em paradoxo). Por sua teologia dos dois reinos (espiritual e temporal), Martinho Lutero (1483-1546) pode ser agrupado nesta tendência.

A tipologia de Niebuhr é ainda válida, embora todo esquema acaba "forçando a barra" para fazer com que as peças se encaixem no modelo (...). Porque ainda não foi superada, vale a pena considerar a tipologia de Niebuhr acerca da relação entre a fé cristã e a cultura secular.

Quem coloca Cristo contra a cultura ou como transformador da cultura parte do pressuposto correto que o pecado original (ou queda do homem) corrompe todas as suas manifestações. O equívoco está em esquecer que a queda foi algo tão radical que afetou a própria estrutura da cultura e não apenas seus produtores. Falar numa transformação da cultura a partir da transformação dos indivíduos é cair num certo tipo de voluntarismo, segundo o qual a vontade humana pode todas as coisas. Este discurso despreza a realidade da cultura-sistema, como se ela pudesse se converter (redimir) a partir da conversão individual, suficiente para a salvação individual, mas incompetente para a redenção da cultura, especialmente quando se recusa a própria cultura e se privatiza a experiência com o Deus bíblico.

Desejar uma fuga do mundo, com a formação de uma comunidade à parte do mundo (como se isso fosse posivel...), é propor uma impossibilidade, já que estamos no mundo, e uma desobediência, já que somos sal para o mundo. Como estavam errados os discípulos que tentaram seduzir Jesus para que ficassem todos no monte, estão errados todos quantos pregam um afastamento do mundo. O desejo de Jesus é que permaneçamos no mundo, mas livres do mal que nele impera.

A idéia de um mundo novo construído a partir da competência humana, tão cara ao século 19, não se realizou. O último tijolo foi vendido como relíquia a partir de 1989. A idéia de que o homem é livre para dispensar a atuação de Deus na vida individual e social não fez o homem mais feliz. Ele carece da glória de Deus, como o apóstolo Paulo nos adverte. O século 20 foi pródigo em avanços tecno-científicos e em guerras e morticínios.

Deve permanecer a distinção entre o profano e o sagrado. Os ritmos ou instrumentos musicais, por exemplo, não são em si profanos ou sagrados, embora haja finalidades específicas neles. Nem tudo que é profano é feio, do ponto de vista do prazer da fruição, conquanto por vezes inaceitável do ponto de vista teológico. Há beleza no profano e o cristão pode admirá-la. Em termos artísticos, há mais beleza no profano do que no sagrado, pelo desleixo com que a obra sacra é produzida. A obra profana não pode ser julgada apenas esteticamente. Ela precisa também ser confrontada com os valores que são de cima.

É ingênuo pensar, como Tomás de Aquino, que não deve haver nem antagonismo nem assimilação entre o evangelho e o mundo. Há antagonismo, porque a cultura contém expressões fora dos padrões bíblicos. Há profundo antagonismo, por exemplo, entre o modo como o mundo encara o casamento e o estilo proposto pleo Novo Testamento. Pensar em dois andares, com Cristo num nível acima do anterior inferior (as realizações humanas), é evitar o conflito que tem que haver.

É sedutor pensar nas culturas cristãs e humanas como estando em paradoxo, como os dois trilhos de uma linha de trem. Se é verdade que o cristão é cidadão de duas pátrias, também o é que ela se tocam, pois o cidadão é o mesmo. É cômodo até imaginar que há o reino espiritual e há o reino temporal. Esta divisão didática nem sempre acontece. Os campos estão interagindo. As esferas se encontram. Viver é fazer escolhas. Os cristãos devemos fazer as escolhas que a Bíblia orienta.


Israel Belo de Azevedo
Diretor geral do Seminário do Sul e Faculdade Batista do Rio de Janeiro
In: site do STBSB

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

PORQUE ORAR?


"Tendo despedido a multidão, [Jesus] subiu sozinho a um monte para orar"_ Mateus 14.23

Leonardo da Vinci passou dez anos desenhando orelhas, cotovelos, mãos e outras partes do corpo, sob muitos ângulos diferentes. Então, um dia, ele deixou de lado os exercícios e pintou o que viu. Da mesma forma, os atletas e músicos nunca se tornam famosos sem praticar constantemente.
Por muitos anos, eu resisti a uma rotina regular de oração, achando que a comunicação com Deus deveria ser espontânea e livre. Contudo, descobri que eu necessitava da disciplina da regularidade para possibilitar a ocorrência daqueles tempos excepcionais de comunicação aberta com Deus. Por fim, estou aprendendo que a espontaneidade muitas vezes flui da disciplina.
Uma escritora afirma que vai à igreja com a mesma disciplina com que vai até sua mesa todas as manhãs para escrever, a fim de que, quando surgir uma idéia, ela esteja lá para recebe-la. Eu faço minhas orações da mesma maneira. Quando começo a orar, trago a esperança de conhecer Deus melhor, de talvez poder ouvi-lo de formas que somente são acessíveis por meio da solidão.
A palavra "meditar" deriva de uma outra palavra em latim que significa ensaiar, treinar. Muitas vezes, as minhas orações parecem um tipo de ensaio. Eu passo pelas notas básicas (o Pai Nosso), pratico algumas canções bem conhecidas e também falo com Deus. Mas, sobretudo, eu compareço.
Na oração, me aproximo do Criador de tudo o que existe – de Alguém que me faz sentir imensuravelmente pequeno. Como posso fazer outra coisa, a não ser curvar-me em silêncio diante de tal presença? Como posso crer que qualquer coisa que falo tem importância para Deus?
Às vezes a Bíblia enfatiza a distância entre os seres humanos e Deus e, outras vezes, a sua proximidade. Todavia, sem dúvida foi Jesus que nos ensinou a contar com a sua proximidade. Nas suas próprias orações, Ele usou a palavra "Abba" (Pai), uma referência informal que os judeus não haviam usado anteriormente nas suas orações. Nascia uma nova maneira de orar.
Jesus sabia, melhor que ninguém, sobre a vasta diferença entre Deus e os seres humanos. Mesmo assim, Ele não questionou a preocupação pessoal de Deus, que cuida dos pardais e conta os cabelos das nossas cabeças. Ele valorizou suficientemente a oração, a ponto de passar muitas horas nessa tarefa.
Se eu tivesse que responder a pergunta: “Porque orar?” em uma única sentença, eu responderia: “Porque Jesus orou.”


Extraído do Boletim Dominical da PIB em Mangaratiba (RJ)


sábado, 17 de janeiro de 2009

HUMOR E FUTEBOL


"Nascido em Serra Talhada, Pernambuco, em 17 de abril de 1966, Ivanildo Gomes Nogueira, popularmente conhecido como Batoré, é um querido humorista brasileiro. Ganhou notoriedade ao participar do programa ‘A Praça é Nossa’ na década de 1990. No entanto, o que poucos sabem é que ele foi um esforçado lateral, cuja carreira começou nas categorias de base do São Paulo e teve sequência no Santo André, Saad, Paulista de Jundiaí e Ituano. Em 2008, ele foi eleito vereador pelos eleitores da cidade paulista de Mauá. Recebeu 4778 votos".

Por Marcelo Rozenberg

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009