"Tendo despedido a multidão, [Jesus] subiu sozinho a um monte para orar"_ Mateus 14.23
Leonardo da Vinci passou dez anos desenhando orelhas, cotovelos, mãos e outras partes do corpo, sob muitos ângulos diferentes. Então, um dia, ele deixou de lado os exercícios e pintou o que viu. Da mesma forma, os atletas e músicos nunca se tornam famosos sem praticar constantemente.
Por muitos anos, eu resisti a uma rotina regular de oração, achando que a comunicação com Deus deveria ser espontânea e livre. Contudo, descobri que eu necessitava da disciplina da regularidade para possibilitar a ocorrência daqueles tempos excepcionais de comunicação aberta com Deus. Por fim, estou aprendendo que a espontaneidade muitas vezes flui da disciplina.
Uma escritora afirma que vai à igreja com a mesma disciplina com que vai até sua mesa todas as manhãs para escrever, a fim de que, quando surgir uma idéia, ela esteja lá para recebe-la. Eu faço minhas orações da mesma maneira. Quando começo a orar, trago a esperança de conhecer Deus melhor, de talvez poder ouvi-lo de formas que somente são acessíveis por meio da solidão.
A palavra "meditar" deriva de uma outra palavra em latim que significa ensaiar, treinar. Muitas vezes, as minhas orações parecem um tipo de ensaio. Eu passo pelas notas básicas (o Pai Nosso), pratico algumas canções bem conhecidas e também falo com Deus. Mas, sobretudo, eu compareço.
Na oração, me aproximo do Criador de tudo o que existe – de Alguém que me faz sentir imensuravelmente pequeno. Como posso fazer outra coisa, a não ser curvar-me em silêncio diante de tal presença? Como posso crer que qualquer coisa que falo tem importância para Deus?
Às vezes a Bíblia enfatiza a distância entre os seres humanos e Deus e, outras vezes, a sua proximidade. Todavia, sem dúvida foi Jesus que nos ensinou a contar com a sua proximidade. Nas suas próprias orações, Ele usou a palavra "Abba" (Pai), uma referência informal que os judeus não haviam usado anteriormente nas suas orações. Nascia uma nova maneira de orar.
Às vezes a Bíblia enfatiza a distância entre os seres humanos e Deus e, outras vezes, a sua proximidade. Todavia, sem dúvida foi Jesus que nos ensinou a contar com a sua proximidade. Nas suas próprias orações, Ele usou a palavra "Abba" (Pai), uma referência informal que os judeus não haviam usado anteriormente nas suas orações. Nascia uma nova maneira de orar.
Jesus sabia, melhor que ninguém, sobre a vasta diferença entre Deus e os seres humanos. Mesmo assim, Ele não questionou a preocupação pessoal de Deus, que cuida dos pardais e conta os cabelos das nossas cabeças. Ele valorizou suficientemente a oração, a ponto de passar muitas horas nessa tarefa.
Se eu tivesse que responder a pergunta: “Porque orar?” em uma única sentença, eu responderia: “Porque Jesus orou.”
Extraído do Boletim Dominical da PIB em Mangaratiba (RJ)
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